Cada artista tem sua obra-prima: aquela música que é realmente muito boa. A Lady Gaga, por exemplo tem "Bad Romance". "Bad" tem uma letra boa, um arranjo bom e a voz da Gaga também coube na canção. "Paparazzi" também é boa e a letra é melhor do que a de "Bad". Mas "Bad Romance" é a melhor música dela. Cada elemento do arranjo parece que foi encaixado minuciosa e precisamente para que a música beirasse à perfeição.
A Pink (foto) conseguiu a mesma coisa com "Please Don't Leave Me": apesar da voz da cantora se repetir exageradas vezes, a música é muito boa. E o clipe também ajudou: é engraçado, bem feito, boa maquiagem e bom roteiro também.
O Michael Jackson era mestre em fazer músicas assim, perfeitas: "Beat It", "They Don't Care About Us", "Smooth Criminal", "Black Or White" e "Thriller" são alguns exeplos disso. Tá, "Smooth" é repetitiva, o Michael pergunta se a Annie tá bem umas oitenta vezes (Annie are you OK? / So, Annie are you OK? / Are you OK, Annie?) e ele canta muito, uns dois minutos, antes do ápice, do refrão de "Thriller" e "They Don't Care About Us" é melhor na sua versão com o Olodum, só que essa versão tem um final longo (que na maioria dos lugares onde é tocada, é cortado) e "Black Or White" é pequena... Mas, ainda assim, o Michael era foda, uma máquina de fazer músicas boas.
A Katy Perry consegui a música de ouro com "Waking Up In Vegas". Apesar da canção não ter feito muito sucesso, ela é realmente muito boa. E mais uma vez o clipe, engraçado, ajudou. "Hot N' Cold" também tem isso. Bem escritas, bem produzidas e clipes bons: a receita pra músicas boas. Mas "Waking" é melhor que "Hot".
Das músicas mais novas, "Nothin' On You" do rapper B.o.B com o Bruno Mars, "Airplanes" do mesmo B.o.B com a Hayley Williams e "Waka Waka (This Time For Africa)" da Shakira com o FreshlyGround são ótimas também, cada uma à sua maneira, mas são bem escritas, bem feitas e os clipes são bons. Nem o grito no começo de "Waka Waka" impede que ela seja uma música boa: quando um elemento de uma música é muito bom, excepcional até, ele apaga, ou, no mínimo, ofusca a parte ruim. No caso de "Waka Waka", a boa performance da Shakira, a bem-sucedida combinação de idiomas, a boa parceria, a voz exótica da colombiana e o refrão fácil de cantar (apesar de ser na língua da África do Sul, que eu não sei qual é), apagam o grito da introdução e a própria introdução, que não são muito bons.
Obs.: As opiniões e pontos de vista aqui expressados são de total responsabilidade do autor deste blog: eu, Henrique Belquior. :)
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